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Nível de poluição acima do recomendado causa mortes evitáveis

Nível de poluição acima do recomendado causa mortes evitáveis

Neste período de pandemia por vezes pode parecer que tudo parou ou abrandou, mas não. De acordo com um estudo publicado na revista científica Lancet Planetary Health as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto classificam-se entre as cidades europeias com maior mortalidade associada à concentração de dióxido de azoto (NO2).

No que respeita à poluição provocada pelas partículas finas a cidade do Porto, das 14 cidades portuguesas analisadas, é a que apresenta maior proporção de mortes, com 574 mortes evitáveis (caso os níveis de poluição fossem mantidos dentro dos valores recomendados). No entanto em números absolutos, é na área metropolitana de Lisboa que ocorrem mais mortes, especificamente podiam ser evitadas 1002 mortes com um controlo efetivo da poluição.

Contudo nem tudo são más notícias das cidades portuguesas analisadas, Viseu ficou muito bem classificada, tanto nos níveis de NO2 (821ª posição em 858 cidades) como das partículas finas (801ª posição).

No topo da tabela encontram-se cidades no norte da Europa nomeadamente: Tromso (Noruega), Umea (Suécia) e Oulu (Finlândia) são as bem classificadas para a concentração de NO2 e Reiquejavique, Tromso e Umea no que respeita às partículas finas.

Notícias como esta recordam-nos que apesar de o país ter abrandado e tudo parecer parado ainda estamos longe de atingir os valores recomendados para a qualidade do ar nas cidades com maior número de habitantes. A alteração do nosso método de mobilidade individual é a chave para comunicarmos às entidades governativas que futuro queremos para os nossos filhos e netos provando assim que o cidadão comum tem poder decisivo.

Podemos começar já hoje a planear o que fazer de diferente. Vamos a isso?