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A Problemática do Plástico

A Problemática do Plástico

Hoje, dia 3 de Julho, celebra-se o Dia Internacional Sem Sacos de Plástico, durante todo o mês existem várias iniciativas para transformar Julho no mês sem plásticos e até entrou em vigor legislação que proíbe, em certos setores e atividades, a utilização de plásticos de uso único, pelo que este tema tem sido recorrente.

Apesar de a utilização exagerada de plástico ser amplamente discutida, é claro que a economia atual se encontra intimamente relacionada com este material que veio revolucionar a vida humana. Mas é também claro que é fundamental, para atingirmos a tão desejada sustentabilidade, recorrermos a uma maior circularidade da economia, da qual os plásticos necessários também farão parte.

Os últimos relatórios da Agência Europeia para o Ambiente (APA) provam que a produção, utilização e descarte dos plásticos continua a crescer, e relembram que é fulcral alcançar: uma produção de plásticos a partir de materiais renováveis/reciclados, um consumo inteligente destes produtos com vista à sua eliminação ou redução, uma reutilização destes artigos até ao seu limite e, por último, uma reciclagem eficaz, reiniciando o ciclo.

Mas o plástico produzido nunca vem só. A cadeira da produção, distribuição e o próprio consumo do plástico produzem enormes quantidades de combustíveis fósseis, o que provoca um impacto muito negativo na problemática das alterações climáticas. Dados da APA demonstram que 20% de todo o CO2 libertado por indústria na União Europeia corresponde apenas à fabricação de plástico (13,4 milhões de toneladas).

E adicionalmente ao problema das emissões poluentes junta-se a redução do valor económico do petróleo, que tem proporcionado uma redução de custos para os fabricantes de plástico fazendo com que privilegiem a matéria-prima nova ao invés da utilização de matéria-prima reciclada.

É fundamental quebrar este ciclo. É necessário fornecer à indústria os meios para que possam apostar na renovação do seu sistema produtivo adequando-o assim, e o quanto antes, à fundamental necessidade de um futuro mais verde. E é necessário fornecer aos criativos apoios para que alinhem a inovação com a economia circular do futuro.

Quanto ao cidadão comum e consumidor o seu papel é fulcral pois a compra gera a produção de novos artigos. Se procurarmos comprar e utilizar o mínimo de artigos de plástico possível, fazê-lo com consciência e preferindo artigos provenientes de material reutilizado e reciclável, estaremos a investir no futuro. Num futuro que apenas recorre ao plástico para todas as utilizações em que o mesmo é fundamental e opta por apoiar as empresas que investem na sustentabilidade e na circularidade da economia.

Porque o plástico fará seguramente parte do futuro, temos em nossas mãos o poder de decidir como.